Novidades na Gramática do Inglês: O Que Mudou nos Últimos Anos?

A língua inglesa está em constante evolução — e isso inclui também a gramática. Ao contrário do que muitos pensam, as regras gramaticais do inglês não são imutáveis. Novas construções, usos e simplificações vêm surgindo, refletindo as mudanças sociais, culturais e tecnológicas da atualidade.

Se você está aprendendo inglês, especialmente por conta própria, é importante se manter atualizado sobre o que está mudando — e o que já não é mais tão usado.

A seguir, veja as principais tendências e novidades na gramática do inglês nos últimos anos:

Uso cada vez mais comum do “they” singular

Tradicionalmente, “they” era um pronome usado apenas no plural. No entanto, hoje, o uso do “they” como pronome neutro no singular ganhou espaço e até foi reconhecido oficialmente por dicionários como Merriam-Webster.

Exemplo:

  • Old: If a student wants to ask something, he or she must raise a hand.
  • Modern: If a student wants to ask something, they must raise a hand.

Esse uso é comum em contextos inclusivos e neutros, evitando a necessidade de usar “he or she”.

Desaparecimento gradual de estruturas muito formais

Expressões como whom, shall, whence ou o uso exagerado do subjunctive mood estão sendo cada vez menos usadas, especialmente na fala e na escrita informal.

Exemplo:

  • Formal: To whom did you speak?
  • Atual: Who did you speak to?

A tendência é priorizar clareza e naturalidade, sem tantos floreios linguísticos.

Acrônimos virando verbos

O inglês moderno tem absorvido muitos termos da internet — e alguns deles estão virando verbos informais.

Exemplos:

  • To DM someone (enviar uma mensagem direta)
  • To Google it (pesquisar)
  • To Zoom with someone (fazer uma videochamada)

Essas construções ainda não são formais, mas ganham força no uso cotidiano, especialmente entre nativos.

Redução do uso de “whom”

Embora ainda esteja gramaticalmente correto, o uso de whom tem caído bastante em desuso. A forma “who” está sendo usada mesmo quando tecnicamente deveria ser “whom”, especialmente na linguagem falada e em conteúdos mais casuais.

Exemplo:

  • Clássico: The person whom I met yesterday…
  • Atual: The person who I met yesterday…

A compreensão continua clara, e o uso mais simples é aceito.

Concordância flexível com “none” e “data”

Algumas palavras tradicionalmente consideradas plurais (como data) estão sendo usadas no singular em contextos modernos.

Exemplo:

  • Tradicional: The data are conclusive.
  • Atual: The data is conclusive.

O mesmo acontece com “none”:

  • Tradicional: None are available.
  • Atual: None is available. (ou are, dependendo do estilo)

Uso crescente do “like” como conjunção

No inglês informal, o “like” tem substituído “as if” ou “as though” em algumas estruturas. Embora gramaticalmente controverso, esse uso está se espalhando no inglês falado.

Exemplo:

  • Tradicional: It looks as if it’s going to rain.
  • Atual: It looks like it’s going to rain.

Tendência à simplificação de tempos verbais

Os tempos compostos e estruturas mais antigas estão sendo simplificados cada vez mais, especialmente no inglês americano. Em vez de dizer “I shall have been waiting”, as pessoas dizem “I’ll be waiting”.

Essa tendência torna o idioma mais acessível e prático para quem está aprendendo.

Nova abordagem para perguntas indiretas

Tradicionalmente, perguntas indiretas no inglês exigiam uma mudança na estrutura da frase. No entanto, no inglês moderno, principalmente falado, é comum que as pessoas mantenham a estrutura direta mesmo em frases que tecnicamente deveriam ser indiretas.

Exemplo tradicional:

  • Can you tell me where he is?

Exemplo moderno e comum:

  • Can you tell me where is he?

Embora a forma tradicional ainda seja a mais correta em contextos formais e escritos, a forma direta está se tornando comum em falas informais — especialmente em contextos de redes sociais, conversas rápidas e entre nativos.

Importante: Isso ainda não é gramaticalmente aceito em textos acadêmicos ou profissionais, mas mostra como o idioma está se flexibilizando em situações do dia a dia.

Conclusão: Aprender Inglês Também É Aprender a Evoluir

Entender essas mudanças gramaticais não é apenas uma curiosidade — é essencial para comunicar-se bem em inglês hoje. Muitos estudantes ainda aprendem regras antigas e se sentem frustrados quando percebem que nativos falam de forma diferente.

A boa notícia? Aprender inglês sozinho permite que você acompanhe o ritmo real do idioma, indo além da gramática tradicional.

A língua está viva — e seu inglês também pode ser. Aprender as novas formas de falar e escrever é um sinal de que você está realmente se tornando fluente.

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